Ter a visão de Deus como pai, é uma dificuldade extremamente presente na vidas de diversas pessoas hoje em dia . Devido a essa dificuldade, quantos não devem ter problemas para se relacionar com Ele? Até sabem que Deus é pai, mas certamente não vivem nessa realidade.
De onde é que nasce essa dificuldade? Na maioria das vezes, esse olhar distorcido de Deus vem dos lares mal estruturados, da ausência paterna, de um relacionamento frustrado com o pai biológico etc.
O desempenho da autoridade paterna que se baseia em extremos de ausências ou abusos pode propiciar deformações graves na vida dos filhos.
A nossa relação com o pai é uma preparação para um relacionamento livre com a paternidade soberana. O paradigma de autoridade paterno é responsável em relação aos filhos pelos elementos que fundamentam a capacidade de liderança: direção, limites e segurança.
O papel do pai é muito importante para a construção de um indivíduo, sem duvidar ou subestimar o papel da mãe. Os meninos com a ausência do pai têm a tendência de se meterem em encrencas; já a menina, com a ajuda do pai, aprende a se relacionar com o homem de uma forma que não poderia aprender com a mãe, pois ela aprende (a):
- Confiar no sexo oposto;
- Ter intimidade e respeitar as diferenças individuais;
- Apreciar a sua feminilidade a partir de um homem especial para ela;
- Que é digna de amor, quando ama é amada por seu pai.
É dever do homem na educação dos seus filhos brincar com eles, pois a forma do homem brincar tem reflexos amplos, tais como:
- Afeta o domínio das emoções, o desenvolvimento da inteligência e o sucesso acadêmico;
- Promove autocontrole;
- As crianças aprendem que morder, chutar e outras formas de violência não são saudáveis.
Os pais inclinam-se a enfatizar:
- A competição;
- O desafio;
- A iniciativa;
- Os riscos;
- A independência.
Um referencial
Ter uma relação íntima com a figura do pai estabelece um referencial de orientação. Se o pai é uma pessoa bem direcionada na vida, esse referencial consolida o senso de norteamento, conduzindo a pessoa a uma capacidade cada vez maior de estabelecer os seus objetivos certos e de alcançá-los. As mães, por sua vez, assumem o papel de guardiães e enfatizam a segurança emocional e pessoal.
Os pais que se envolvem com os filhos promovem o raciocínio verbal superior e a capacidade de resolver problemas, levando-os a melhores resultados escolares, especialmente em matemática.
A ausência dos pais pode trazer para a vida dos filhos maior dependência emocional, que os deixa vulneráveis a abusos sexuais, pois seus autores costumam ganhar eles com oferta de afeição, atenção e amizade.
Mesmo que de uma maneira não muito eficiente, nossa atuação neste papel como pais, pode nos lembrar que Deus sempre desejou Se manifestar ao homem como seu Pai, marcando-o com Suas características, para que esse filho fosse o Seu reflexo, a Sua imagem e semelhança. A real intenção de Deus é ter uma grande família, com muitos filhos semelhantes a Jesus enchendo a terra e expressando a Sua imagem e semelhança (Gn 1.27-28 e Rm 8.29).